sexta-feira, maio 09, 2003

E eu assino embaixo
mas tem uma certa passagem ai que eu estou tentando descobrir quem eh...um soh tem 3 alemaes entao quem sera?
e o melhor q nao vejo mencao alguma a um certo canadense!!

Parlapatões
A Fórmula 1, neste ano, está um verdadeiro parlapatório. Não resisti. Quando li essa palavra num texto, enfiei na cabeça que tinha que usá-la. Acho que dá um ar, assim, de intelectual. De leitor assíduo das resenhas de livros do caderno Cultura dos jornais. De um cara que pensa muito, reflete sobre vários assuntos, e depois escreve.

Acabei usando parlapatório. Mas quero mesmo é usar parlapatão. Essa palavra é muito mais engraçada. Nem dá pra imaginar o que significa - desde que você não seja um imortal da academia. Eu penso logo na Idade Média: "E agora o parlapatão do Rei vai contar umas piadas!" - anuncia solenemente o anunciador oficial do monarca. Depois vêm aquelas cornetas. Hummm... não deixa de ser por aí.

O parlapatão, que nada tem a ver com uma ave aquática aprendendo o idioma em Roma, é um cara que fala muito. Mas fala muito mesmo. Geralmente conta mentiras. Um sujeito mais vaidoso do que a vaidade. Narciso é nenê de leite perto dele. E mais, um impostor. Por isso, insisto com a abertura de minha crônica: A Fórmula 1 é um verdadeiro parlapatório.

Na Ferrari temos um deus. Na McLaren, outro. A Jaguar fica quinze dias falando uma coisa e depois faz justamente o contrário. A cada semana - a cada dia seria melhor - um desses pilotos de futuro está numa equipe diferente. A Williams vai acabar competindo sem motor. O alemão já se aposentou umas quatro vezes neste mês.

Um outro alemão vai comer sushi. Aliás, pelo que falam, vai comer sushi num restaurante gay qualquer. Outro piloto está correndo nos Estados Unidos e nem sabia disso. Teve um que nem pontos marcou e já era sensação. Outro tinha marcado pontos em todas as corridas (e continua marcando) e ninguém falava dele. Mas agora já tão falando muito.

Quer dizer...uma parlapatonice sem tamanho. E o pior: se você leva a sério fica meio maluco. E levar na brincadeira alguns assuntos é, até, falta de respeito. O jeito é continuar lendo, ouvindo, vendo e imaginar aonde esse pessoal quer chegar. Acaba sendo divertido. Como o parlapatão "plantando" bananeira diante de toda a corte.

Rogério Bernardi Elias é jornalista e tem 37 anos. É editor do Site dos Amigos da Velocidade do locutor Téo José e diretor da Conceito de Comunicação. Escreve todas as semanas nesse espaço.