quarta-feira, janeiro 14, 2004

É nestas horas q eu tenho certeza que brasileiro é de outro mundo, nem os frances tiveram coragem de levar algo tao ao pe da letra com os americanos
repratiando comisarios de voo ...


Piloto americano que fez gesto obsceno pode pegar até dois anos de cadeia; veja entrevista com delegado da PF
14/01/2004 - 18h50



O comandante de um vôo da American Airlines Dale Hobi Hersh, 53, poderá ser condenado a até dois anos de prisão, por desacato a autoridade. Ele fez um gesto obsceno para a Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (14/01), ao ser fichado no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP). A informação é do delegado Antônio Castilho, que foi entrevistado por Paulo Henrique Amorim, do UOL News. Clique no vídeo ao lado para assistir à entrevista.


Foto do piloto Dale Hersh no momento da identificação pela Polícia Federal

"O piloto ficou nas dependências da Polícia Federal até as 16h30 e, depois, foi encaminhado à Justiça Federal, que vai decidir o caso. Quando ele teve a atitude lamentável de fazer o gesto internacionalmente tido por obsceno, foi preso em flagrante", afirmou Castilho.

O delegado esclareceu que, se o piloto fosse brasileiro, poderia obter fiança, pois poderia provar que tem residência fixa no país e providenciar uma certidão negativa de antecedentes criminais. Mas, segundo o delegado, por ser americano, o piloto não contempla esses pré-requisitos e sua punição não pode ser amenizada. "Agora, cabe à Justiça decidir qual será a pena de Hersh ou se ele será sumariamente deportado".

Castilho informou que o piloto infringiu o artigo 331 do Código Penal, que trata do desacato a autoridade e prevê pena de seis meses a dois anos de detenção. A pena pode ser convertida em multa.

"O fato trouxe conseqüências que ele não imaginava, haja vista que posteriormente pediu desculpas. O piloto disse, na hora, que se tratava de um equívoco. No entanto, todas as pessoas da tripulação reagiram no ato, rindo e fazendo comentários jocosos, o que demonstrava se tratar de uma atitude planejada", disse o delegado, segundo o qual o fato atrapalhou o fichamento de outros cidadãos americanos que desembarcavam em Cumbica.

Castilho também informou que, devido a seu comportamento, a tripulação composta por dez integrantes nem chegou a ser fichada, o que a impediu de entrar em solo brasileiro. "Eles não podem sequer chegar ao saguão do aeroporto. Devem ficar sob os auspícios da empresa aérea. Serão deportados de volta para os EUA, em um vôo do avião em que vieram. Mas eles voltaram para lá como passageiros, na condição de cidadãos repatriados", afirmou o delegado.

Castilho informou que o procedimento da Polícia Federal com o piloto americano será aplicado com qualquer cidadão americano, seja passageiro ou parte da tripulação dos vôos, que não se submeter ao fichamento determinado pela Justiça brasileira.